sexta-feira, 25 de julho de 2014

Angelo Issa


Angelo Issa: Porque gado a gente marca...
“Minhas pinturas são retratos, do existente e do imaginário, que buscam reproduzir não a falsa figura, coberta de maquiagem e disfarçada em uma beleza inerte, mas as cicatrizes, marcas e desgostos impressos na alma das pessoas, provenientes das feridas adquiridas durante a vida.” Assim Angelo Issa, artista mineiro, define seu trabalho.
Depois de pintar as séries Grito, Repressão, Retratos Imaginários e Eu não Matei Van Gogh, o artista plástico nos surpreende com sua mais recente produção: Porque gado a gente marca... Nela são usadas tábuas de velhos currais, arame farpado, tinta acrílica, fuligem e pigmentos. Segundo o autor, este último trabalho “é uma tentativa de fazer valer um diálogo entre o suporte, suas marcas do tempo, a pintura e a imagem.”
A seriedade com que Angelo Issa tem levado o aprendizado e desenvolvimento do seu trabalho pode ser observada em sua mais recente série, ainda inédita. Nela, o artista apresenta uma nova abordagem do emprego e uso das tintas, bem como a pesquisa inusitada do suporte a dialogar com o tema proposto. Assim o artista aproxima-se mais da proposta contemporânea, fornecendo-nos um trabalho de reflexão e beleza. “Reconstruir os limites foi o grande objetivo. Os limites do homem massacrado, preso e humilhado, despido de todo o respeito e de toda a dignidade, como o gado marcado e preso em currais”, comenta o autor.cultura4

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