Currais e arames farpados representam divisões e separações usadas na criação de gado, e que aqui são reconstruídas e acrescidas de pinceladas de pigmentos que interagem com a fuligem, a ferrugem, o lodo e as marcas do tempo, representando a imposição de limites ao homem. Segundo a historiadora e crítica de arte Ângela Âncora da Luz, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, “Angelo Issa segue o caminho de sua interioridade e vai confirmando a consciência das visões, na verdade de sua pintura.
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| As tábuas que se associaram para nos permitir desvendar suas vivências vão se constituindo como quadros completos. É nesse ponto que o artista os instala no ambiente e os une pelo arame farpado. Ele vai intercalando tábuas mudas, sem pintura, àquelas que foram reveladas, trazendo a irrupção das imagens. Aos poucos surge outra cerca, que não mais limita a área do gado e o seu confinamento, mas que nos apreende.” |
Além de pintor, Angelo Issa é um dos responsáveis pela criação do Espaço Cultural da V&M do Brasil, que acaba de ser premiado pela Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA). No final deste ano, o artista lança o livro Parasitas e predadores, com texto e ilustrações de sua autoria.
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