sexta-feira, 31 de outubro de 2014

7 grafiteiros que transformam os muros das cidades em arte

Com temáticas específicas e inspirações pessoais, grafiteiros adotam estilos particulares e fazem das ruas seu palco - e da arte, seu show


Grafite do artista espanhol Aryz, em Barcelona
Foto: Reprodução
POWER WOMEN

Ainda adolescente, Panmela Castro "Anarkia Boladona" entrou no mundo da pichação para se "libertar da educação rígida de sua família". Anos mais tarde, voltou às ruas, desta vez, para grafitar. "Comecei a me deparar com situações de machismo e discriminação", explicou, "então quis fazer um trabalho com uma conotação social, uma luta a favor das mulheres". Para ela, não fazia mais sentido desenhar apenas para deixar o mundo mais bonito. Com base em sua arte engajada, que já rodou o mundo, Panmela criou a ONG Nani, em prol das mulheres..


FILHOS DO NORTE

Diferentemente de outros artistas de rua, Gleison Araújo, o LUZ, iniciou sua carreira em galerias para só depois ganhar as ruas de Fortaleza e o reconhecimento do público. As personagens grafitadas por ele remetem à cultura "cheia de histórias do povo nordestino", como explica. "Decidi representar o meu povo após algumas viagens que fiz pelo Brasil, nas quais percebi que as peculiaridades e os costumes da minha cultura poderiam acrescentar características positivas ao meu trabalho." 
Os trabalhos dos artistas Seth Globepainter e Panmela Castro
Foto: Reprodução
MOCHILÃO ARTÍSTICO

De país em país, Julien Seth Malland, mais conhecido como Seth Globepainter, é um artista que viaja pelo mundo espalhando sua arte. Inspirado nas culturas que conhece durante suas peregrinações, ele pinta murais gigantes e coloridos, que refletem as particularidades culturais de cada região. Com esse trabalho, ele produziu o livro Extramuros (2012), em que apresenta as pinturas feitas em países como Índia e México.

BURACO DE ILUSÕES

Trocando os muros das cidades pelo asfalto, Eduardo Relero deixa sua marca por meio de desenhos em 3D nas ruas de Madri. Descendente de uma família de artistas, começou a desenhar sem muita pretensão. Foi em Roma que conheceu os desenhos anamórficos, que dão a impressão de tridimensionalidade. Mas ele garante que há muito mais para ver em suas obras do que as dimensões: "Procuro dar um sentido a mais à minha obra. O meu objetivo maior é fazer sátiras".
Grafites de Binho Martins e Eduardo Kobra
Foto: Reprodução

EXISTE ARTE EM SP

Enormes murais espalhados por São Paulo retratam a década de 1920. Esse é o resultado do projeto Muros da Memória, de Eduardo Kobra. "Tudo começou em uma exposição de fotos antigas na avenida Paulista, quando percebi o quanto nos faltava a ideia de conservação do patrimônio histórico. Nesse momento, decidi pintar o primeiro mural da série, na própria avenida, mostrando uma cena daquela década", conta Kobra.

MUNDO ESTRANHO

Quem caminha pelas ruas de Barcelona provavelmente se deparará com enormes figuras ilustrando os muros da cidade. O nome por trás das criaturas é o do espanhol Aryz. Além da perfeição dos traços, as figuras do artista chamam a atenção - caveiras, aliens e seres humanos transfigurados. Seus locais favoritos para pintar são as fábricas e os edifícios abandonados.

TONS DE PAZ

A relação de Binho Martins com a arte teve início em 2004, ao observar as obras que ocupavam as ruas de sua cidade, Americana, no interior de São Paulo. "A vontade de expressar algo que vinha de dentro" foi a base para ele começar a grafitar. A partir das histórias míticas contadas pelo avô, Binho levou a positividade da religião para seus desenhos. "Gosto de imagens leves. Sou calmo e quero de passar isso para os outros", diz. Além dos muros, Binho também produz obras em seu ateliê.
 

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