sábado, 16 de agosto de 2014

Artes

TOMIE OHTAKE

“Eu nunca pintei com o emocional. Sempre pintei mais friamente. É sempre colocando camada, camada, camada. Colocando muitas cores, camada, camada até chegar onde eu quero. O gesto era bem mais calmo, caía sempre sobre a tela e seguia uma direção que era mais mental”.
Tomie Ohtake é uma pintora japonesa naturalizada brasileira. Aos vinte e um anos de idade emigrou para o Brasil, iniciando sua carreira aos quarenta anos.
É uma das principais representantes do abstracionismo informal. Sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas, muitas delas expostas em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo, como pode ser visto no Auditório Ibirapuera. Tomie Ohtake é a mãe do arquiteto Ruy Ohtake.
Tomie Ohtake é considerada a “dama das artes plásticas brasileiras” pela carreira consagrada, construída ao longo dos últimos cinqüenta anos, e pelo estilo ímpar de enfrentar a obra e a vida, nas quais força e suavidade têm o mesmo significado. A fama conquistada, desde a década de 60, nunca modificou o desafio a que se propõe: o eterno reinventar.
A capacidade de renovação de Tomie está expressa nas diferentes fases de sua pintura e nas suas composições de gravura e escultura. É dessa intenção intuitiva permanente que brotam o frescor e o esplendor de sua arte celebrada pela crítica e pelo público até hoje, com sua vigorosa produção recente. “Sua poética ao invés de declinar, germina em outras direções e aos 89 anos, de Tomie Ohtake pode-se dizer que o outono cede espaço à primavera”, escreve o crítico Agnaldo Farias (abril, 2003).
Tomie Ohtake

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