segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Cildo meireles

CILDO MEIRELES - ARTES

Carreira

Em 1960

Conhecido internacionalmente, Cildo cria os objetos e as instalações que acoplam diretamente o visor em uma experiência sensorial completa, questionando, entre outros lemas, a ditadura militar no Brasil(1964 - 1984) e a dependência do país na economia global. Ele tem desempenhado um papel chave dentro da produção artística nacional e internacional. Situando-se na transição da arte brasileira entre a produção neoconcretista do início dos anos 60 e a de sua própria geração, já influenciada pelas propostas da arte conceitual, instalações e performances, as obras de Cildo Meireles dialogam não só com as questões poéticas e sociais específicas do Brasil, mas também com os problemas gerais da estética e do objeto artístico[1] .

1970/80

Durante os anos 70 e 80 Cildo Meireles arquitetou uma série de trabalhos que faziam uma severa crítica à ditadura militar. Obras como Tiradentes: totem monumento ao preso político ou Introdução a uma nova crítica, que consiste em uma tenda sob a qual se encontra uma cadeira comum forrada com pontas de prego, são alguns trabalhos de cunho político do artista. Neles a questão política sempre vem acompanhada da investigação da linguagem. Inserções em circuito ideológico: Projeto Coca Cola, por exemplo, consistiu em escrever, sobre uma garrafa de Coca Cola, um dos símbolos mais eminentes do imperialismo norte-americano, a frase Yankees go home, para, posteriormente, devolvê-la à circulação. Além da questão política o projeto faz referência a toda problematização desenvolvida pelos movimentos de vanguarda e por Marcel Duchamp no início do século; uma espécie de ready made às avessas[2] .
Cildo examina a falibilidade da percepção humana, os processos de comunicação, as condições do espectador, a relação da obra de arte com o mercado.
Uma de suas obras, chamada Cruzeiro zero é uma réplica fiel de uma nota do cruzeiro (a moeda corrente naquele tempo) que não tem nenhum valor e as figuras históricas e heróicas sejam substituídas pela fotografia de um índiobrasileiro e de um paciente de um hospital psiquiátrico. Há uma crítica, um comentário na superinflação e na desvalorização do cruzeiro, este trabalho joga com noções tradicionais da natureza e ' do valor ' da arte e da marginalização do Brasil no mundo internacional da arte.

Atualidade

Em 2008 ganhou o Premio Velázquez de las Artes Plásticas, concedido pelo Ministerio de Cultura da Espanha[3] , ainda em 2008, ganhou mostra na Tate Gallery em Londres, onde expõe obras e instalações com caráter político que serão expostas até janeiro de 2009. Segundo o Jornal Folha de São Paulo de 13 de outubro de 2008.

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