sábado, 9 de agosto de 2014

Os riscos do Brasil não ser uma potência


A primeira década do século XXI já demonstrou que o Brasil tem um longo e forte caminho pela frente. A potência Brasil já conseguiu sair dos patamares problemáticos do terceiro mundo, e hoje luta para o desenvolvimento econômico do segundo mundo ao lado de parceiros como Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), além de ampliar suas relações com os Estados Unidos e com a América Latina.
Mas é preocupante que muitos avanços desenvolvidos pelo país podem perder eficácia, em função do não comprometimento com agendas claras de desenvolvimento e crescimento, e digo isso no sentindo amplo, pois governo e sociedade são culpados, por exemplo:
- agenda de educação: investimentos reais em qualidade superior. Não adianta formar quantidade, se vivemos hoje um grande apagão de talentos. Falta foco, visão e engajamento dos estudantes para o compromisso da Nação, do crescer e desenvolver. Vivemos em um país de falas, e poucas ações reais;
- agenda de saneamento e saúde: o que adianta construir hospitais, se 60% do país ainda vive no esgoto. É mais do que real e claro que 90% das doenças que mais afligem as populações acontecem em função de problemas de saneamento, ou melhor da falta do mesmo;
- agenda tecnológica: até quando iremos comprar tecnologia podre? Quando os Estados e Municípios perceberão que o pólo tecnológico não é uma marca e sim um grande fomento de negócios e desenvolvimento da inovação no país?;
- agenda tributária: por quê pagar tantos impostos, sem retorno efetivo na sociedade? Mantemos um governo ou mantemos uma sociedade? O que é justo e inteligente para o desenvolvimento social através dos tributos? Tributos devem ser pagos, pois os mesmos são instrumentos para o desenvolvimento da Nação.;
- agenda de defesa e segurança: o Brasil é um país continental. Do ponto de vista geopolítico é uma potência regional, e tem responsabilidades importantes para a defesa e segurança de toda uma região. Nossos condicionantes de política externa têm um peso importante no sistema internacional. Assim imaginar que defesa é algo ainda dos resquícios de ditadura é pensar de forma muito piegas. Investimento militar deve ser uma prioridade dos governos, no sentido constitucional, como também no sentido de proteção de nossas riquezas como a Amazônia Verde, a Amazônia Azul, a água, o pré Sal, nossos portos e nossas fronteiras, pois defesa resolvida, menores problemas de segurança pública.;
- agenda de conhecimento: eu penso que os alunos de Harvard são fortes, por terem uma agenda real de conhecimento, ou são comprometidos com a educação? Resposta, os dois. E no Brasil, nem um nem outro. Muitas vezes percebemos que instituições e alunos se merecem, umas para somente receberem, e os outros para pagarem, e no final todos ficarão na mesma, ou melhor não serão nada. Ou nos comprometemos e percebemos que a educação e o conhecimento salva e desenvolve, ou escolhemos uma característica, sofrer!
- agenda internacional: o Brasil já uma potência, mas o problema não é ser, e sim manter e conquistar novas posições, e considerando as agendas e comparativos com as outras potências, ainda estamos longe de ser algo, ou força internacional. É engraçado que potências hoje quebradas voltam-se para o Brasil de forma arrogante para buscar investimentos e empregos para seus expatriados, e o Brasil acha que é a solução do mundo. Por que eles quebraram? Pois não tiveram hombridade para entender que o mundo mudou, e por quê nós brasileiros precisamos aceitar isso, se temos condições de fazer?
O Brasil já é uma potência, mas o problema são os riscos estruturais que nossas agendas passam para o desenvolvimento real da Nação Brasil, e que graças a DEUS, em fevereiro tem Carnaval e muita alegria, que somente o brasileiro sabe oferecer ao mundo!

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