terça-feira, 4 de novembro de 2014

Assunto: política / Atualidades

Manifestantes protestam contra Dilma em frente ao Congresso Nacional
Com cartazes e um carro de som, eles pedem a saída do PT. Protesto foi convocado pelas redes sociais e reuniu 350 pessoas.
01/11/2014 15h58 - Atualizado em 01/11/2014 17h08
Por Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília
Manifestantes pedem impeachment da presidente Dilma em frente ao Congresso Nacional. (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
Manifestantes pedem impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. (Foto: Nathalia Passarinho/G1)

Manifestantes se reuniram na tarde deste sábado (1) em frente ao Congresso Nacional para pedir o impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT). O protesto foi convocado pelas redes sociais e as pessoas começaram a chegar à Esplanada dos Ministérios às 14h.

De acordo com a Polícia Militar, até as 15h30havia cerca de 350 pessoas no ato. Com blusas amarelas e cartazes que pedem a saída do PT, o grupo gritou palavras de ordem como: "um, dois, três, Lula no xadrez" e "muda, muda, muda, Dilma na Papuda". Um carro de som foi usado para ajudar na mobilização.

Com blusas amarelas e cartazes, manifestantes pedem a saída do PT. (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
André Biechek e a família viajaram de Uberlância a
Brasília para acompanhar o protesto  (Foto: Nathalia
Passarinho/G1)

Acompanhado da mulher e das duas filhas, uma de sete anos e outra de seis meses, o supervisor de manutenção André Biechek veio de Uberlândia (MG) a Brasília para acompanhar o protesto. 

"O que me motivou a vir aqui é a indignação com todos os escândalos de corrupção. Estamos no fundo do poço. É preciso punir os corruptos. Precisamos tomar uma medida urgente, senão o país vai ter um colapso", afirmou.

O protesto contra a presidente Dilma Rousseff foi convocado pelas redes sociais. (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
A estudante Letícia Moura disse que o país precisa
de "mudança". (Foto: Nathalia Passarinho/G1)

A estudante Letícia Leite Moura defendeu que o Brasil precisa de "mudança" e se disse frustrada com as recentes denúncias de corrupção na Petrobras. "Temos que tentar mudar um pouco, reduzir a corrupção. Precisamos fazer a nossa parte para tentar mudar", afirmou, carregando um cartaz que pede o impeachment de Dilma.

Depois de ficar por uma hora e meia em frente ao Congresso, os manifestante decidiram fazer uma passeata e ocuparam parte da Esplanada dos Ministérios, o que provocou lentidão no trânsito entre 15h30 e 17h.

O grupo foi até a rodoviária e voltou a descer em direção ao Congresso Nacional. Algumas pessoas acompanharam o protesto de carro, apertando a buzina e sacudindo bandeiras do Brasil pela janela.

Depois de dar a volta na Esplanada, os manifestantes voltaram a se concentrar em frente ao Congresso e cantaram o hino nacional. O trânsito voltou ter fluxo normal às 17h.

Eleição acirrada
Após uma campanha marcada por ataques entre os candidatos, Dilma venceu a eleição de domingo (26) com 51,64% dos votos contra 48,36% do candidato do PSDB, Aécio Neves. A diferença de 3,4 milhões de votos entre os dois candidatos tornou essa disputa eleitoral a mais acirrada desde 1989, quando o Brasil voltou a ter eleição direta após os 20 anos de ditadura militar.

Na última quinta (29), o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) coordenador jurídico da campanha do PSDB à Presidência, protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido para que seja realizada uma auditoria no resultado da eleição presidencial. Na peça jurídica, o partido sugere a criação de uma comissão com representantes do tribunal e de partidos para verificar o sistema que apura e faz a contagem dos votos. O tucano argumenta que a confiabilidade da apuração e a infalibilidade da urna eletrônica têm sido questionadas nas redes sociais.

A iniciativa foi criticada pelo corregedor-geral eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, responsável por fiscalizar a regularidade do processo eleitoral.  Ao G1, ele defendeu o sistema de apuração dos votos e destacou que os candidatos precisam “saber ganhar e perder”.

“Isso é muito negativo para a imagem do processo eleitoral do Brasil. As pessoas têm que saber ganhar e perder. O sistema é seguro, é verificado, checado, auditado. Esse pedido causa uma imagem muito ruim para o país. Acredito que a cúpula do partido não foi consultada”, afirmou.

Cerca de 350 pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Militar. (Foto: Nathalia Passarinho/G1)
Cerca de 350 pessoas participaram do ato em frente ao Congresso Nacional, segundo a Polícia Militar. (Foto: Nathalia Passarinho/G1)

 


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