Eleição faz vídeos de Dilma e Aécio serem os mais vistos no Facebook
Dos 20 vídeos sobre política mais vistos no mundo, 12 eram dos candidatos.
Com isso, a eleição brasileira se tornou a mais comentada do mundo.
“Juntos tiveram 64 milhões de visualizações”, afirmou Camila Fusco, diretora de comunicação do Facebook Brasil, ao G1. Não à toa as páginas dos dois candidatos tiveram a quantidade de fãs quadruplicada. A de Aécio foi de 508 mil para 2 milhões de seguidores, enquando a de Dilma saltou de 800 mil fãs para 3,7 milhões.
A popularidade dos vídeos produzidos pelos candidatos e o salto de popularidade de suas páginas no Facebook são apenas alguns dos capítulos da história de como a votação no Brasil se tornou amais comentada da rede social de todos os tempos.
Foram 674,4 milhões de interações, como comentários, desde 6 de julho, dia do início da campanha eleitoral, até a ida às urnas no segundo turno. O volume é mais do que o dobro do recorde anterior, registrado nas eleições da Índia, onde o Facebook teve 227 milhões de ações sobre o pleito..
“A maior surpresa foi que, com menos internautas e menos pessoas, o Brasil conseguiu superar os números da Índia, que tem aquela que é considera a maior eleição democrática do mundo”, comentou Fusco.
Colaborou para isso a já conhecida fixação do brasileiro pelo Facebook –são 89 milhões de membros. Como a rede social servia como megafone do que ocorria no mundo off-line, os desdobramentos eleitorais viraram assunto. Durante as eleições, a rede reuniu três a cada cinco eleitores brasileiros.
Quem vota em quem
A presença dos muitos eleitores dispostos a falar sobre eleições foi um prato cheio para disseminar boatos, como o de que o doleiro Alberto Youssef teria morrido vítima de um envenenamento. Quando a isso, diz a executiva, o Facebook não tem como interferir. “Não é papel do Facebook determinar se dada informação é ou não verdade.” As publicações só são vetadas na rede se infringirem as políticas de uso, como conter violência ou assédio, bullying e discurso de ódio.
No que o Facebook, interferiu, sim, mesmo que indiretamente foi no mal-estar gerado entre amigos de longa data que se descobriram ferrenhos apoiadores de candidatos rivais. Como o algoritmo do site mostra as postagens de pessoas que costumam ser as mais lidas pelo usuário, demora até que ele “aprenda” que a eleição começou e a defesa feita por um petista pode não agradar a um tucano, e vice-versa. “O algoritmo vai mostrar para você mais daquilo que você consome e menos daquilo que você não consome.”
A solução para quem não recorreu aos bloqueios foi ensinar o algoritmo aos poucos quais postagens eram indesejadas. Para isso, bastava acionar a opção “não quero ver isso”. O problema era que o aprendizado não é imediato. Isso, conta Fusco, serviu para estimular o debate de pessoas que apoiavam candidatos rivais. “Algumas pessoas só perceberam que uma opinião convergia ou divergia quando seus amigos postavam a respeito.”
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