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Cresce o número de pessoas infectadas pela febre chikungunya

Em um mês, número de infectados subiu de 53 para 828.
A doença é transmitida pelo mesmo mosquito que causa a dengue.

De setembro para outubro, o número de pessoas infectadas pela febre chikungunya saltou de 53 para 828, segundo o Ministério da Saúde. A doença é provocada pelo aedes aegypti, mesmo mosquito que causa a dengue.

A chuva e o calor são a combinação perfeita para o aedes aegypti se desenvolver. O vírus é antigo na África, já provocou surtos na Índia e é comum na América Central.  Das 828 pessoas infectadas no Brasil, 39 casos foram de pessoas que contraíram a doença em outros países. Os outros 789 doentes não viajaram, ou seja, se contaminaram no Brasil.

Ao todo já são 13 estados mais o Distrito Federal com casos confirmados da doença. A Bahia registrou o maior número, 458. Desses casos, 371 foram em Feira de Santana, a uma hora de Salvador. Em seguida, vem o Amapá com 330 e São Paulo com 17.

Os sintomas são parecidos com os da dengue. A chikungunya também dá febre alta, mal estar e manchas na pele. A diferença é que a dor nas articulações dos pés e das mãos é bem mais forte. "Pode em em algumas pessoas durar por meses e até anos e aglumas delas permanecer para o resto da vida", explica o médico infectologista Carlos Starling.

Se o caso for mais simples, com hidratação e repouso o vírus vai embora em dez dias. “Os exames laboratoriais, principalmente agora no princípio da epidemia, são fundamentais para registro epidemiológico e detecção dos focos da doença para que o controle seja possível”, alerta o médico.

Em Minas Gerais foram confirmados dois casos da febre chikungunya e outros 17 aguardam resultado. No estado, 300 médicos passaram por treinamento e receberam orientações para identificar a doença e tratar o paciente.

O melhor jeito de evitar a doença é não deixar água parada, já que o mosquito precisa dela para se reproduzir. Noventa por cento dos focos de aedes aegypti estão dentro das casas.