terça-feira, 1 de abril de 2014

Carioca de 12 anos lança aplicativo para calcular notas e não bombar na escola

iBoletim Brasil já está entre os mais baixados da App Store brasileira na categoria educação. “Alguns acham legal, outros acham que é coisa de nerd. Eu não sei se sou nerd”
Divulgação
Natan Gorin começou editando vídeos e hoje é dono de um dos apps mais baixados da App Store brasileira
O ídolo dele não é Kaká, nem Messi ou Cristiano Ronaldo, mas Steve Jobs, o fundador da Apple. Ele poderia gastar suas tardes andando de skate ou passeando no shopping, mas prefere ficar em casa estudando matemática e fuçando as funções de seu Mac.
O resultado disso foi o aplicativo iBoletim Brasil, lançado em março, atualmente um dos trinta mais baixados na categoria educação da App Store brasileira. Seu criador é o garoto Natan Gorin, de 12 anos, um carioca tímido, apaixonado por guitarra, Call of Duty e Daft Punk.
Reprodução
iBoletim Brasil calcula a nota necessária para o aluno não repetir de ano
O app faz um serviço simples, mas muito útil. O usuário tem que definir a média necessária para ser aprovado, cadastrar suas matérias e inserir as notas. Com essas informações, o programa calcula a nota que você precisa tirar para não repetir de ano.
O interesse do garoto por esse assunto começou aos 10 anos de idade. Fã do vlogueiro Felipe Neto, Natan aprendeu a editar vídeos e passava suas tardes fazendo isso. Quando ganhou um Mac de seus pais, ele foi além da simples edição de vídeos e passou a programar sites.
“Eu montava alguns sites de teste, que não eram publicados. Um dia, mexendo no computador, descobri um programa para fazer apps e me encantei. Acho apps mais legais e úteis do que sites”, conta Natan, atualmente no sétimo ano do ensino fundamental.
Pela internet, o garoto aprendeu várias linguagens de programação. “Eu ia atrás de livros sobre HTML, CSS e JavaScript para aprender a mexer com essas linguagens. Como eu já sabia falar inglês e a maioria dos materiais estava na internet, foi fácil de aprender”, diz.
Os pais do carioca, um tributarista e uma dentista, não entendiam nada do que ele fazia. “Eles achavam que eu ainda estava editando vídeos, apesar de perceberem que eu estava inserindo um monte de códigos em uma tela preta”, se diverte o garoto.
Entre os amigos, Natan é o único que entende de programação. “Eles não entendem nada de programação, por isso não converso com eles sobre isso. Só converso sobre esse assunto pela internet, com alguns colegas que moram longe”, revela.
Até por isso, seus amigos não hesitam em o chamar de nerd. “Alguns acham legal, outros acham que é coisa de nerd. Eu não sei se sou nerd”, diz.
Mas, se depender de suas notas, o carioca pode ser considerado um CDF: sua média mais baixa é 8,5 e Natan ainda assume que, para ele, estudar matemática é diversão. “Me sinto nerd naquilo que gosto, pois vou atrás das coisas e me esforço para ser bom”, avalia o estudante.
Como não costuma sair, os jogos online são, além de um meio de diversão, a melhor forma de comunicação com seus amigos. “Converso pelo Skype, por hangouts e jogando online”, conta o carioca.
O menino de 12 anos já trabalha no próximo app, que tem a ver com matemática e deve ser lançado nos próximos dias. Ele ainda não sabe com o que vai trabalhar no futuro. “Ainda é muito cedo para decidir, muita coisa pode acontecer, mas quero estudar engenharia da computação ou ciência da computação”, planeja o garoto.
Reprodução/Twitter
Rafael Costa, de 14 anos, já desenvolveu 13 apps e sonha em montar sua empresa no Vale do Silício
14 anos, 13 aplicativos
Rafael Costa tem apenas 14 anos, mas já pode ser considerado um veterano no desenvolvimento de apps. O estudante do primeiro ano do ensino médio possui 13 aplicativos registrados na App Store e no Google Play, entre jogos, como Bad Red Dot, e utilitários, caso do FacePad.
Seu interesse pelo mundo da programação veio de uma forma inusitada. “Eu peguei um vírus no computador e fiquei muito curioso para descobrir como ele funcionava. Comecei a pesquisar e descobri que os programas têm uma linguagem própria, então comecei a estudar linguagem de programação”, lembra.
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O garoto não disfarça e assume que é de fato nerd. “Eu sou um nerd clássico, aquele que tira nota alta e deixa os colegas de classe irritados. Não sou o hipster que usa Instagram e fala que é nerd por assistir ‘The Big Bang Theory’”, dispara.
As notas dele comprovam. “Minha nota mais baixa é 8, em português. Eu não me dou bem em português porque aquilo não tem lógica alguma”, se defende.
Inspirado por Steve Jobs e Steve Wozniak, os criadores da Apple, Rafael tem sonhos altos. “Meu sonho é estudar engenharia da computação ou ciência da computação, morar no Vale do Silício e trabalhar na Apple. Depois, quero abrir minha empresa. Quero ser livre de horários, livre para tocar os projetos que eu quiser”, sonha o garoto.
Os prodígios Natan e Rafael têm um caminho muito longo pela frente, mas já conquistaram um grande prestígio no mundo da tecnologia e acreditam que ainda há muitos apps a se inventar.
“Como Henry Ford falou na época da invenção do carro, as pessoas queriam um cavalo mais rápido, não um carro. Para o próximo app de sucesso, nós temos que descobrir o que as pessoas ainda não sabem que querem”, finaliza Rafael.

2 comentários:

  1. Acho um aplicativo muito interessante porque os estudantes podem se organizarem e ter uma noção de como esta o desempenho na escola e em quais matérias ele tem que se esforçar.

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    1. É isso ai também penso assim a respeito desse aplicativo, ajudo o próprio aluno a saber se auto-organizar!

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